Nesses 20 anos como arquiteta, projetei inúmeros quartos infantis, seguindo as preferências dos pais. Hoje, ao olhar para esses projetos, percebo o quanto gostaria de refazê-los com o olhar que tenho agora.
Antes, o foco estava em criar um ambiente lúdico, bonito e colorido, respeitando os desejos das famílias. Mas assim como eu, muitos pais desconheciam nuances importantes para o bem-estar dos filhos.
Uma delas é entender quem a criança realmente é — não apenas satisfazer suas preferências momentâneas, mas considerar seu temperamento e como o ambiente impacta seu comportamento e qualidade de vida. É aqui que a neuroarquitetura se torna a ferramenta ideal!
Importante ressaltar que adequar o estímulo não é exclusivo para crianças com necessidades especiais. Todos os pequenos se beneficiam de um ambiente que respeite suas características individuais.
Além da ciência e das técnicas que aprendi ao longo dos anos, minha maternidade trouxe uma nova perspectiva. Agora entendo, de maneira muito mais profunda, a importância de criar espaços seguros e funcionais para que as crianças possam se desenvolver de forma autônoma e confiante.
Não posso voltar no tempo, mas ser mãe e neuropsicoarquiteta me dá a certeza de que, hoje, entrego os melhores projetos para o desenvolvimento saudável de cada criança.
Com carinho,
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